Economia
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Por — Brasília

RESUMO

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GERADO EM: 29/11/2024 - 12:20

Presidentes do Senado e Câmara defendem ajuste fiscal e isenção de IR até R$ 5 mil

Presidentes do Senado e da Câmara se posicionam sobre ajuste fiscal do governo, destacando a necessidade de condições fiscais para isenção de IR de até R$ 5 mil. Pacheco e Lira ressaltam a importância da responsabilidade fiscal e da análise cuidadosa das medidas. O pacote inclui economia de R$ 70 bilhões em dois anos e mudanças como idade mínima para aposentadoria dos militares. A tramitação começará na Câmara, buscando celeridade nas medidas de contenção de gastos.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se posicionaram nesta sexta-feira sobre o pacote de ajuste fiscal detalhado ontem pelo governo federal. Em declarações publicadas quase simultaneamente e quando o dólar passava de R$ 6, os dois reforçaram a importância de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Poder Executivo, mas indicaram um caminho difícil para o projeto, anunciado em paralelo ao pacote, que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil .

Ambos reforçaram que é importante, antes, equilibrar as contas públicas do país. Após manifestação pública dos dois parlamentares, o dólar passou a cair, mas voltou a subir.

“A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos”, disse Pacheco por meio de nota.

ECONOMIA | REAJUSTE SALARIAL

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O senador reclamou ainda do modo como o governo ficou preocupado com a impopularidade do pacote fiscal.

“Em se tratando de política fiscal, é preciso afastar o medo da impopularidade que constantemente ronda a política”, apontou.

'Responsabilidade fiscal inegociável'

Na mesma linha, Lira disse que a iniciativa que muda a cobrança do IR só será analisada no ano que vem. O presidente da Câmara afirmou que “responsabilidade fiscal é inegociável”.

“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, declarou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que “responsabilidade fiscal é inegociável” — Foto: Juliana Causin/Agência O Globo
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que “responsabilidade fiscal é inegociável” — Foto: Juliana Causin/Agência O Globo

As medidas de contenção de gastos serão fatiadas em diversos projetos. O Executivo pretende economizar R$ 70 bilhões em dois anos com as iniciativas. Entre elas estão idade mínima para aposentadoria dos militares e mudanças nos parâmetros de reajuste do salário mínimo. A estimativa oficial é de impacto de R$ 70 bilhões em dois anos. Até 2030, economia prevista é de R$ 327 bilhões.

Em paralelo, o governo anunciou a isenção de Imposto de Renda para quem recebe R$ 5 mil e o aumento da alíquota efetiva do IR para quem tem renda superior a R$ 50 mil mensais, incluindo salário, aluguel e dividendos, por exemplo.

Na parte de contenção dos gastos, serão uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária. A reforma da renda, com isenção e compensação, constarão em um projeto de lei ordinário.

Tramitação começa pela Câmara

A tramitação do pacote de gastos começará pela Câmara dos Deputados. Para evitar que ambas as propostas passem por comissões, os deputados devem apensar os textos do governo em outras matérias já na fila de apreciação do plenário.

Lira disse que a Câmara vai analisar as medidas que impedem a aceleração dos gastos de forma célere.

“Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”.

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